(Foto: Thinkstock)
Abdominais - Uma Forma Eficaz
O conjunto de músculos que compõem a parede abdominal é alvo de bastante polêmica. Para potencializar a ativação do grupo, muitos praticantes são orientados a adotar diversos exercícios. É bom lembrar sempre que fazer abdominais NÃO ajuda a reduzir a gordura corporal da região, como já foi explicado pela coluna. A pergunta que muitos fazem, no entanto, é: qual o melhor exercício para fortalecer o abdome?
Quando se quer investigar o grau de atividade de um determinado músculo, os pesquisadores utilizam uma técnica denominada eletromiografia. Consiste em colocar eletrodos espalhados pela região na qual se deseja analisar a atividade elétrica dos músculos. É como se fosse o “eletrocardiograma” do músculo (confira a ilustração abaixo).
Diversos estudos analisam a atividade eletromiográfica do músculo reto abdominal, comparando diferentes tipos de exercício para esse músculo. Parece que realmente o grau de ativação do reto abdominal muda conforme o exercício e também se ele recebe sobrecarga (banco com inclinação, pesos, máquina, etc.).
A maioria das pesquisas enfatiza que, quanto maior a sobercarga, maior o risco de lesão. Talvez atletas avançados possam utilizar-se de técnicas mais agressivas, enquanto devam se limitar aos exercícios tradicionais.
Abaixo, cito um resumo sobre as descobertas trazidas pelas pesquisas:
1- Fazer o abdominal tipo “crunch” é uma forma segura e eficaz;
2- Se quiser trabalhar a porção inferior com maior intensidade, será interessante realizar a flexão de quadril com os pés em elevação;
3- Fortaleça também a musculatura posterior, ou seja, dorsal. Os eretores da espinha são muito importantes para prevenir dores lombares e estabilidade da coluna;
4- Acrescentar carga pode simplesmente aumentar a ativação de outros músculos, caso o movimento não seja bem executado.
Fonte: M.L. Moura, L.S. Tessutti, A.C. Moraes. Análise do exercício abdominal “crunch” realizado com cargas máximas e submáximas: Respostas eletromiográficas da musculatura abdominal. Motricidade 2011, vol. 7, n. 1, pp. 85-93
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